Ver o sol nascer, se por.
Sumir, ficar tímido e ensaiar seu retorno lento,
entrecortado pelas nuvens que dançam,
querendo chover na vegetação sedenta.
Pisar no solo de verdade,
permitir-se explorar.
Explorar a si, ao mundo.
Respirar,
olhos abertos,
coração conectado.
Desfrutar dos paraísos que existem na terra.
Ver paraíso nas pequenas coisas.
Tornar-se paraíso.
Sentir o corpo,
esse veículo que nos media no mundo,
que sente tanto
e de um jeito que a linguagem será eternamente insuficiente em explicar.
Dançar o vento,
a brisa,
as ondas.
Assimilar as cores,
os sabores,
roubar para si um pedacinho de tudo que é bom –
seja na memória,
na imagem,
na palavra.
Sentir-se eterna,
infinita.
Nem que seja pela duração de uma canção.
Escrito durante o Coworking da Comunidade Recomeçar em 12/03/2025, a partir de um exercício proposto coletivamente no encontro mensal. Conheça e teste a assintaura por 7 dias grátis