Boas-vindas ao seu ponto de recomeço.
Este teste é um convite à autoescuta. Ele foi adaptado do livro The Disease to Please, da psicóloga clínica Harriet B. Braiker, e pode ajudar você a perceber padrões de comportamento ligados à necessidade constante de agradar os outros — mesmo quando isso custa caro para sua saúde emocional, seus limites ou seu bem-estar. Não se trata de se julgar, e sim de se perceber com mais carinho e sinceridade.
A autoavaliação:
Leia com atenção a cada afirmação abaixo e marque um X em cada uma que você sentir que se aproxima da sua realidade neste momento.
1. É extremamente importante para mim ser querido(a) por quase todas as pessoas da minha vida. |
2. Acredito que nada de bom pode surgir de um conflito. |
3. Pensaria que sou uma má pessoa se não me doasse o tempo todo para quem está ao meu redor. |
4. Sinto culpa ao dizer “não” a pedidos ou necessidades de outras pessoas. |
5. Raramente delego tarefas para outras pessoas. |
6. Me sinto muito ansioso(a) e desconfortável ao dizer ou fazer algo que possa deixar outra pessoa com raiva de mim. |
7. Às vezes sinto que estou tentando “comprar” o amor e a amizade dos outros ao fazer tantas coisas boas para agradá-los. |
8. Jamais posso decepcionar alguém deixando de fazer tudo o que esperam de mim, mesmo quando os pedidos são excessivos ou irracionais. |
9. Acredito que pessoas “boazinhas” recebem aprovação, afeto e amizade dos outros. |
10. Tenho que me doar o tempo todo para ser digno(a) de amor. |
11. Preciso sempre agradar os outros, mesmo que isso custe meus próprios sentimentos. |
12. É muito difícil para mim expressar críticas, mesmo que construtivas, porque não quero que ninguém fique com raiva de mim. |
13. Ter que enfrentar um confronto ou conflito com alguém me deixa tão ansioso(a) que quase fico fisicamente doente. |
14. Se eu parasse de colocar as necessidades dos outros acima das minhas, me tornaria uma pessoa egoísta e ninguém mais gostaria de mim. |
15. Quase nunca me posiciono para me proteger, porque tenho muito medo de provocar raiva ou confronto. |
16. É mais provável que eu faça de tudo para deixar os outros felizes antes de fazer algo só por mim. |
17. Faço de tudo para evitar conflitos ou confrontos com minha família, amigos ou colegas de trabalho. |
18. Sou viciado(a) em agradar e fazer coisas pelos outros. |
19. Acredito que, se eu fizer os outros precisarem de mim pelas coisas que faço por eles, não serei deixado(a) de lado. |
20. É muito mais fácil para mim reconhecer sentimentos negativos sobre mim mesmo(a) do que expressar sentimentos negativos em relação aos outros. |
21. Sempre precisei da aprovação das outras pessoas. |
22. Frequentemente faço demais pelos outros ou até me deixo ser usado(a) para não ser rejeitado(a) por outros motivos. |
23. Espero de mim mesmo(a) que eu esteja acima de conflitos e confrontos. |
24. Minhas necessidades devem sempre vir depois das necessidades das pessoas que amo. |
Sua pontuação final (some quantas afirmações verdadeiras marcou ao todo) |
Pontuação Geral: Resultados
Com base no total de afirmações com as quais você se identificou, você se enquadra em uma das faixas abaixo:
🔴 Faixa 1: Pontuação entre 16 e 24
Se sua pontuação está nessa faixa, sua compulsão por agradar os outros está profundamente enraizada e é grave. Você provavelmente já percebe que essa “Doença de Agradar” tem custado caro — emocional e fisicamente — e impactado negativamente a qualidade dos seus relacionamentos. O nível atual de desconforto pode ser uma força motivadora importante para sua recuperação, mas é fundamental agir agora para retomar o controle da sua vida.
🟠 Faixa 2: Pontuação entre 10 e 15
Se você marcou nessa faixa, seus sintomas da Doença de Agradar são moderadamente severos. Esse padrão destrutivo exige atenção imediata e esforço consciente para ser transformado antes que se intensifique.
🟡 Faixa 3: Pontuação entre 5 e 9
Aqui, o problema ainda é moderado. Você já desenvolveu algumas forças e resistência às tendências autossabotadoras. Ainda assim, seus hábitos de agradar podem representar uma ameaça à sua saúde e bem-estar. Aproveite suas forças como base para buscar uma recuperação mais completa.
🟢 Faixa 4: Pontuação 4 ou menos
Se sua pontuação total foi baixa, você pode ter apenas leves tendências a agradar — ou talvez nenhuma, neste momento. No entanto, é importante saber que essa “doença” funciona como um ciclo que se retroalimenta e pode se desenvolver rapidamente, tirando seu senso de autonomia. Como forma de prevenção, pode ser útil aprofundar sua consciência sobre o tema e aprender técnicas de recuperação.
Qual seu subtipo?
Para identificar qual é a causa dominante do seu vício por agradar, some os pontos das afirmações marcadas com X nos grupos abaixo:
🧠 Subtipo Cognitivo: Compulsão por Agradar pelo Padrão de Pensamento
Some os pontos das questões:
1, 3, 5, 8, 13, 17, 18 e 24
Se essa for sua maior pontuação, você é um(a) agradador(a) cognitivo(a) — seus pensamentos e crenças internalizadas sobre o que é ser uma “boa pessoa” conduzem sua tendência de agradar. Pessoas com esse perfil são guiadas por crenças rígidas e exigentes, como a ideia de que precisam ser queridas por todos para se sentirem valorizadas. Costumam medir seu valor pelo quanto fazem pelos outros e acreditam que ser “boazinhas” as protegerá da rejeição. Internamente, impõem a si mesmas regras duras, críticas severas e expectativas perfeccionistas — enquanto desejam aceitação universal.
Para essas pessoas, a mudança começa pela mente: é essencial reconhecer e reformular os pensamentos que alimentam o comportamento de agradar.
🔁 Subtipo Comportamental: Compulsão por Agradar por Hábito
Some os pontos das questões:
6, 9, 11, 16, 19, 20, 22 e 23
Se essa for sua maior pontuação, você é um(a) agradador(a) comportamental — suas ações repetitivas e padrões de comportamento estão no centro do seu impulso de agradar. Aqui, o padrão é comportamental: fazer demais pelos outros, nunca dizer “não”, assumir responsabilidades excessivas e evitar delegar. Esse ritmo leva ao esgotamento, prejudica a saúde e os vínculos, mas persiste por causa de uma necessidade quase viciante de aprovação.
A transformação começa ao reconhecer e romper esses hábitos que mantêm a pessoa presa ao ciclo de agradar.
💥 Subtipo Emocional: Compulsão por Agradar por Evitação de Sentimentos Difíceis
Some os pontos das questões:
2, 4, 7, 10, 12, 14, 15 e 21
Se essa for sua maior pontuação, você é um(a) agradador(a) emocional/evitativo(a) — sua tendência de agradar está principalmente ligada ao medo de confronto, rejeição ou conflito emocional. Esse subtipo é movido pelo medo: medo de raiva, conflitos ou confrontos. Só a possibilidade de desagradar alguém já causa ansiedade extrema. O ato de agradar aqui funciona como uma fuga emocional — que, em vez de aliviar os medos, só os intensifica. Isso impede a pessoa de aprender a lidar com conflitos de forma saudável e a torna vulnerável à manipulação ou intimidação.
O primeiro passo para quem se identifica com esse perfil é encarar e acolher seus sentimentos, especialmente o medo do conflito.
E agora?
Agora que você respondeu ao teste, talvez tenha se reconhecido em algumas (ou muitas) das frases.
Isso não é um diagnóstico — é um convite. Um convite para se observar com mais carinho, entender os padrões que te atravessam e, quem sabe, começar a se libertar de alguns deles. Saber que há algo a ser cuidado já é um grande passo. E você não precisa fazer isso sozinho(a). Converse sobre os insights que você teve nesta autoavaliação com alguém próximo, convide alguém pra fazer também e compartilhe seus resultados, levante este ponto na terapia, escreva sobre como você está se sentindo. Isso tudo vai te fazer muito bem e te ajudar no processo de libertação da necessidade de agradar aos outros e negligenciar a si próprio.
Na Comunidade Recomeçar, criamos espaços vivos de troca e apoio para quem quer cultivar uma relação mais leve com o trabalho — e com o próprio sentir. Se você sente que chegou a hora de desaprender a obediência de agradar a todos e reaprender a se agradar primeiro, vem fazer parte (você pode testar grátis por 7 dias).
☀️ Seu recomeço pode estar bem aqui.