Recomeçar é um desafio: seja após um feriado prolongado, uma ressaca, ou uma crise, encontrar o estado de espírito necessário para dar o próximo passo às vezes parece um sufoco.
Mas não se engane, nem se puna: não é frescura sua. Dia após dia, seu cérebro faz malabarismos invisíveis: pula de um email pra uma reunião, de uma lista de compras pra um almoço com amigos, de um momento de celebração pra uma conversa difícil.
Porque a gente não enxerga, ignora que esses malabarismos internos existam. Mas é como se o nosso cérebro ficasse indo pra lá e pra cá, dando volta na quadra, indo pra outra cidade, outro país. Aí a gente cansa mentalmente, fica FRITO das ideias, e não sabe o porquê.
Mesmo em boas condições, recomeçar já é difícil.
É ainda mais complicado quando colocamos na mesa sensibilidades, sofrimentos ou traumas. Para muita gente, o início do ano pode trazer ansiedade – como encarar aquele caderno em branco, novinho, que dá um misto de empolgação e medo de errar?
Hoje, o sol me ajudou por aqui. Saí de casa e fui num café trabalhar, algo que faço quando preciso de foco. A mudança de ambiente, a presença de pessoas ao redor, tudo isso faz mágica ao preço de um simples espresso.
Minha primeira tarefa do dia foi planejar e organizar as contas para a declaração de imposto – algo simples, mas que me faz sentir responsável (risos nervosos). Não foi muito, mas foi o possível, e estou feliz com isso.
Recomeçar não precisa ser perfeito – jamais será, na verdade.
É difícil, mas sempre possível.
Coloque-se no estado de espírito do movimento.
Vá pelo caminho que flui para você.
A gente lê tanto, estuda tanto, complica tanto, mas pra sair do lugar a gente precisa de UM passo, e nada mais.
E você?
O que te ajuda a recomeçar?