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Escrita terapêutica: músicas você ouvir enquanto escreve

Neste artigo

3 minutos de leitura

Um aspecto do processo de escrita – especialmente da escrita terapêutica (intuitiva, expressiva) – que muitas vezes é subestimado é a preparação. Assim como não se pula em uma piscina de uma hora pra outra (eu, pelo menos, abomino essa ideia com todas as minhas forças), não podemos esperar que nossa mente e nosso corpo se coloque imediatamente em modo escritor(a).

A preparação é uma transição entre o que quer que você estivesse fazendo antes e a primeira palavra que você põe no papel. Conforme for a sua facilidade ou dificuldade com a escrita, a preparação pode ser maior ou menor – e isso também varia com o tempo, até mesmo para escritores experientes.

Por que a música nos ajuda a entrar no fluxo da escrita?

A música tem o poder de silenciar o nosso ruído interno e de nos abrir para sentimentos. Ouvir música pode nos ajudar a entrar naquela zona de profunda concentração de onde surge o trabalho inspirado.

Nosso organismo tem uma facilidade em buscar uma sincronia com o ritmo da música: se ouvimos uma música agitada, tendemos a nos agitar, e o oposto também é verdadeiro.

Neste artigo, o Instituto Bem do Estar demonstra como a música pode afetar nosso estado emocional e nos ajudar a navegar por momentos de depressão e ansiedade.

Ter música de fundo é sempre bom?

É importante cuidar que, como com qualquer coisa, o benefício da música não é ilimitado e nem universal. Algumas pessoas não conseguem escrever com música no fundo – e até quem consegue às vezes precisa, mesmo é de silêncio absoluto.

Algo que já me ajudou muito – especialmente no início do lockdown – foi tocar ruídos suaves e sons de cafés (abaixo tem uma playlist desse gênero). O burburinho de um café ou de uma biblioteca me coloca em um estado de foco e me ajuda a escrever, e quando não posso estar nesses lugares, eu reproduzo a experiência através do som. Funciona muito bem.

Músicas para escrever: no Youtube

Via de regra, grande parte do conteúdo que está no Spotify também está, de alguma forma, no Youtube – muita coisa você consegue encontrar em ambos aplicativos – incluindo esta sugestão a seguir.

O vídeo abaixo é uma transmissão ao vivo constante, de uma playlist com músicas instrumentais em estilo lo-fi. Lo-fi (abreviação de low-fidelity; baixa fidelidade) é uma música ou qualidade de produção em que elementos normalmente considerados como imperfeições de uma gravação ou performance são audíveis, às vezes como uma escolha estética deliberada.

Esse ruído intencional acaba trazendo uma certa atmosfera e, para algumas pessoas (eu, por exemplo), uma sensação de aconchego.

Outra vantagem dessa opção é que você não precisa ficar escolhendo qual faixa ou qual playlist está a fim de ouvir, e se entrega para o que o acaso (ou, na verdade, os mediadores da transmissão) escolher por você.

Eu recorro a esse vídeo com muita frequência.
Já escrevi e produzi muita coisa (este post, inclusive!) ao som dessa trilha:

Músicas para escrever: no Spotify

Existem muitas opções de playlists e de álbuns excelentes pra te acompanhar enquanto você escreve no Spotify. Desde música clássica a trilha sonora de filme, passando por releituras de clássicos da música pop em versão instrumental, o problema aqui pode ser você se perder no meio de tanta escolha.

Deixo aqui algumas playlists que eu criei, ou que eu gosto de ouvir:

A playlist abaixo não contém músicas, mas os sons de um café:


Dicas finais

  • Se você optar por incluir uma trilha sonora no seu momento de escrita, procure escolher sons instrumentais e relativamente tranquilos: você não quer perturbação ou agitação neste momento;
  • Focar em uma playlist pode ajudar o seu cérebro a se acostumar com o momento de escrita. Algumas das playlists acima me colocam no clima pra escrever assim que eu dou o play;
  • Preste atenção em como você se sente: se for melhor no momento, desligue a música e escreva em silêncio.

Se você já tiver uma playlist que goste de ouvir enquanto escreve, compartilha conosco nos comentários. 🙂

Carol Milters
Carol Milters

Escritora, Investigadora & Facilitadora
Saúde Mental no Trabalho, Síndrome de Burnout, Workaholismo & Escrita Reflexiva


Autora dos livros, "Minhas Páginas Matinais: Crônicas da Síndrome de Burnout" e Um Passo Por Dia: Meditações para (re)começar, sempre que preciso idealizadora da Semana Mundial de Conscientização da Burnout e do grupo de apoio online Burnoutados Anônimos.

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