fbpx

Observações de diversas naturezas, profundidades e extensões.
Diretamente daqui de dentro, pra chegar aí dentro 💛

“O prego que se destaca é o mais martelado”

Eu tenho trauma em ser “brilhante”.
Durante diversos momentos da minha vida,
ter usado a minha voz,
a minha capacidade intelectual
e os meus talentos
me trouxeram mais danos do que benefícios.

Eu perdi amizades.

Fui humilhada,
manipulada,
temida.

Inventaram coisas sobre mim,
inúmeras vezes.

Ainda hoje,
toda vez que algo de muito bom me acontece,
eu te confesso que ainda não sei bem como reagir.

Uma parte minha morre de medo que,
de novo,
as pessoas me deixem pra trás.

Que quem esteve até aqui comigo me abandone.
Que eu me torne irreconhecível a mim mesma.

Experiências traumáticas redefinem a forma como a gente se enxerga –
e sem o apoio necessário, isso pode se tornar permanente.

Eu hoje me dou conta de que ver uma ação bem-sucedida e receber um elogio me causa um efeito retardado estranhíssimo.
Graças à terapia,
às coisas que leio e estudo continuamente,
eu consigo enxergar e lidar com esse medo.

Eu não consigo evitá-lo –
mas consigo, eventualmente,
dar nome pra ele e,
com sorte,
torná-lo um pouco mais dócil comigo.

Será que você também não tem medo de que dê certo?

Com amor,
Carol Miltersteiner 💛

Picture of Carol Milters
Carol Milters

Escritora, Investigadora & Facilitadora
Saúde Mental no Trabalho, Síndrome de Burnout, Workaholismo & Escrita Reflexiva


Autora dos livros, "Minhas Páginas Matinais: Crônicas da Síndrome de Burnout" e Um Passo Por Dia: Meditações para (re)começar, sempre que preciso idealizadora da Semana Mundial de Conscientização da Burnout, do grupo de apoio online Burnoutados Anônimos e conselheira do Instituto Bem do Estar.

Deixe seu comentário e continue a conversa:

Este post tem 2 comentários

  1. Eli de Castro

    Me sinto assim, nunca tinha pensado dessa forma. Fez todo o sentido. Medo de brilhar … quais vão ser as consequências? Qto mais vou ter que entregar? Valeu! Tema pra minha terapia.

    1. Carol Miltersteiner

      Olha a coincidência, Eli: eu escrevi esse texto justamente na época que entrevistei a Isa Mitterer pra falarmos sobre EMDR! Foi uma fase bastante transformadora na minha vida. Um beijo, minha querida! 💛

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.