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Produtividade X Saúde Mental

Ontem à noite compartilhei algumas reflexões sobre #produtividade numa série de stories no meu Instagram. Como alguém que já trabalhou com produção digital, com pauta, com hora-homem, billable hour, obsessão por ROI e margem, a minha relação com esse conceito não é das mais pacíficas. Me incomoda profundamente qualquer coisa que nos gere expectativas irreais de entrega, que nos coloque a trabalhar 20 horas por dia, que enxergue o nosso valor apenas no que a gente produz.

POR OUTRO LADO, isso não tem necessariamente a ver com produtividade. Tem a ver com ÉTICA. E grande parte dos problemas que vemos na apropriação de conceitos é um problema ético (mas não é disso que quero falar). A produtividade está a serviço de propor caminhos que otimizem PRODUTO 📦, RECURSO 🌱e TEMPO ⏳. O sonho dourado é chegar no ápice de produzir o máximo com o mínimo de recursos, no mínimo de tempo.

Mas sonho dourado é sonho, e não realidade.

Realidade é refletir: a partir das limitações (QUE SEMPRE EXISTIRÃO) em recursos e tempo, o que eu consigo produzir? E a otimização desse produto passa a se tornar a maximização do VALOR ❤️ desse produto.

Grande parte de nós somos o chamado “knowledge workers”: trabalhadores do conhecimento. O nosso recurso é a gente mesmo. Nosso cérebro, nosso corpo. A gente produz somente o quanto o nosso corpo consegue.

O aumento da quantidade de trabalhadores do conhecimento no mundo tá mudando muiti do que se achava que sabia sobre produtividade.

Mas algo indiscutível é: a nossa SAÚDE MENTAL está diretamente ligada à nossa produtividade. Nosso bem-estar está ligado a ela. E isso não é feio.

Muito pelo contrário. É um convite a entendermos que NÃO TEM PEÇA DE REPOSIÇÃO pro nosso cérebro. Em ele sendo o nosso instrumento de trabalho, precisamos desvendar e acomodar as melhores práticas pra que ele esteja bem cuidado.
Entendermos o nosso ritmo pessoal, termos consciência dos nossos princípios e valores, DORMIR O SUFICIENTE, manter conexões vivas com o que e quem a gente ama, explorar a nossa criatividade e ter algum tipo de sistema que nos permita colocar um pouquinho de ordem no caos é imprescindível.

Carol Milters

Carol Milters
Carol Milters

Escritora, Investigadora & Facilitadora
Saúde Mental no Trabalho, Síndrome de Burnout, Workaholismo & Escrita Reflexiva


Autora dos livros, "Minhas Páginas Matinais: Crônicas da Síndrome de Burnout" e Um Passo Por Dia: Meditações para (re)começar, sempre que preciso idealizadora da Semana Mundial de Conscientização da Burnout, do grupo de apoio online Burnoutados Anônimos e conselheira do Instituto Bem do Estar.

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