Quando a gente acha que nada pode ficar pior, a linha avança um pouquinho.
A disseminação do ódio ganha eleição,
a violência ganha impunidade,
a injustiça ganha fôlego.
Fazer parte de um momento histórico cansa.
Perder o chão,
não saber mais onde é em cima e embaixo,
abrir aplicativos, sites e conversas,
e deparar-se com tanta coisa inominável
chega a ser quase insuportável.
Mas para um pouco.
Respira.
Descansa.
A gente precisa continuar.
“A toda ação
sempre há uma reação de mesma intensidade e direção,
porém sentidos opostos.”
A supremacia talvez vença na urna mais uma vez
porque ela vem vencendo no nosso silêncio há séculos.
A impunidade que nos indigna mal chegava aos nossos ouvidos num passado recente.
Não é sobre normalizar o absurdo
– é sobre cravar os nossos pés sobre o que a gente acredita,
e quando cansar,
descansar,
pra voltar cravando com mais força ainda.
Porque quem se beneficia de como as coisas estão
tem a inércia a seu favor.
Um passo por dia.
Um aprendizado por dia.
Trabalho interno.
Ninguém disse que seria fácil.
Mas a gente sabe,
bem no fundo,
que não tem outra opção.
Avante.
Com amor,
Carol Miltersteiner 💛
Arte do @rodrigoamarante compartilhada pela @autosaber e @porquene
Este post tem 2 comentários
É isso mesmo, avançar contra a normalização do absurdo que nos vai ganhando pela inércia. Avante.
É isto mesmo. Uma injeção de força para contrariar a normalização do absurdo que nos vence pela inércia. Avante.