Minha sensação ao entrar nos 34 anos ontem foi resumida muito bem pela minha amiga @laridrumond. Ela me mandou um áudio, dizendo: “nossa, como você é amada!”
E esse foi o sentimento.
Foram recados, palavras, vozes e gestos de diferentes partes do mundo, de diferentes idades, realidades, cores, histórias.
Se eu, que seis anos atrás me senti absurdamente sozinha, me senti absurdamente encurralada em uma ilusão, consegui, eu acredito que qualquer um consiga.
Sentir-se amado não tem a ver com a realidade social, com as cartas que a gente recebeu quando nasceu ou as que vamos acumulando no decorrer da vida. Não é uma questão de sorte.
Essa talvez seja a única, ou uma das únicas coisas que a gente tem, sim, um poder quase ilimitado sobre.
Porque sentir-se amado começa por dentro.
Começa por aceitando-se frágil, aceitando-se falho.
Começa por amar-se apesar de, acima de, e por causa das suas vulnerabilidades.
Entender que se é o suficiente.
E isso carrega um poder imenso.
Isso nos permite navegar pelo mundo com um outro olhar.
Permite que nos relacionemos de forma mais autêntica.
Eu quis ser a pessoa mais querida na vida de todo mundo por muito tempo.
Quis ser a colaboradora mais brilhante, a filha mais bem-sucedida, a pessoa mais simpática, mais prestativa, mais, mais, mais…
Mas é lógico que isso nunca é o suficiente.
E aí, quando a realidade se apresenta, ela nos estraçalha.
Hoje, eu não quero o MAIS.
Eu não quero o que eu não tenho.
Eu quero desfrutar do que está aqui.
Das forças que eu tenho.
Das qualidades que eu tenho.
Dos recursos que eu tenho.
Do trabalho que eu tenho.
Das relações que eu tenho.
Do jeitinho que elas são.
E esse é o melhor presente do mundo.
OBRIGADA por todo o carinho de vocês.
Com amor,
Carol Milters 💛