Assim se faz um livro. Assim? Como?
Experimentando. Deixando vir sem julgamento nenhum, sem análise, sem premissa lógica. Organizando o suficiente pra que haja fluxo, orgânico que é esse processo.
Não é pra ser fácil, mas também não precisa ser sofrido.
Por ser autobiográfico, esse meu primeiro livro requer um grande cuidado com o que faz sentido expor e o como. Esse cuidado não é tão lógico quanto intuitivo. Depois de tudo, mais de 120 mil palavras escritas e reunidas (dava uns três livros), eu sentei e fiz a primeira rodada. Teve coisa que doeu ler. Coisa que me tirou do processo e me afastou do livro por semanas. Aí veio a @porpaulaquintao na sua mentoria, cheia de luz, e me disse que essas coisas não precisam ser expostas agora. Precisam ser assimiladas por mim primeiro.
Não adianta a gente vomitar coisa pro mundo, o resultado não vai ser bom. Se tem angústia demais do lado de cá, eu vou só passar adiante essa angústia. E não é isso o que eu quero. Eu quero escrever com sinceridade, mas que a minha escrita traga um quê de esperança acima de todas as coisas.
Eu produzo bem quando me sinto bem, tão bem que consigo olhar pras sombras e pras feridas, integrá-las no meu estar bem, e escrever desde um lugar inteiro. Logo, o meu processo de escrita passa, principalmente, por me cuidar. A @elizabeth_gilbert_writer diz bem: “cuidar da minha saúde mental é o meu verdadeiro trabalho em tempo integral. A escrita é só um hobby”. As 120 mil palavras já passaram pra 59 mil, e eu continuo contando porque também sou metrificadora.O meu desejo é que fique com umas 30 mil, o que é um pouquinho menos do que o tamanho ~padrão~ de um livro de não-ficção.
Ele foi escrito em inglês. Assim que pronto, começo a traduzir pro português. Estará disponível em versão digital em breve.
Meu primeiro livro tá quase nascendo.
Se quiser saber mais sobre ele, me avisa e eu te conto.
Com amor,
Carol Miltersteiner 💛