A sorte e o inesperado são inegáveis.
Chame isso de universo, de aleatoriedade, de Deus, de destino, mas entenda que não tá tudo na nossa mão.
Isso não é pra desmerecer o trabalho de ninguém, mas é pra nos lembrar que quem tá no “topo” (entre MUITAS aspas), quem se destaca em algo, quem atinge um resultado que te parece inspirador não é necessariamente uma pessoa melhor.
O maior erro da minha vida foi, por um período muito breve, ter quase acreditado que ganhar bem e ter um título eram 100% méritos meus e que isso significava automaticamente que quem não estava no mesmo patamar é porque não merecia.
Nessa fantasia toda, eu me esqueci da sorte que eu tive de nascer na família que nasci, de ter tido as oportunidades que tive.
Eu também fiz- e faço – por merecer.
Hoje não tenho mais dúvidas disso.
Nem tudo é aleatoriedade.
Mas nem tudo é mérito.
É fácil conciliar esse paradoxo dentro da cabeça? Claro que não.
Mas é vital pra manutenção da nossa saúde mental e da nossa humanidade.
Com amor,
Carol Milters 💛