Há 30 anos, existe um instituto que certifica e premia empresas em mais de 60 países.
Ele foi fundado pelo jornalista Robert Levering – nos anos 80, ele queria escrever um livro sobre as “100 PIORES empresas para se trabalhar”, mas foi convencido a perseguir o caminho oposto.
E foi assim que ele passou a investigar o que tornava uma empresa boa para se trabalhar.
De acordo com o próprio Robert,
um “great place to work” é:
“um lugar onde os colaboradores CONFIAM nas pessoas para quem trabalham,
tem ORGULHO do que fazem
e GOSTAM das pessoas com quem trabalham.”
Por algum motivo, no entanto, a intenção (louvável) do instituto e a realidade não necessariamente se encontram.
E a minha experiência, somada a de tantas outras que já adoeceram enquanto trabalhavam em um lugar com tal certificado é, no mínimo, curiosa.
Não quero aqui questionar a organização e seu trabalho que, me parece, é feito da melhor forma possível.
Quero fazer um checagem de realidade: como fazer com que a qualidade das relações interpessoais não vire um troféu e sim uma condição básica?
Como conscientizar organizações de todos os tamanhos que a CONFIANÇA ainda é o aspecto mais fundamental na manutenção de um negócio que conta com pessoas?
Fiz uma Live sobre o assunto. Está lá no meu IGTV.
O meu objetivo não é expor indivíduos, gestores ou organizações.
É ampliar a conscientização da dimensão sistêmica de posturas antiéticas, da perpetuação do desrespeito ao indivíduo e da glorificação de um jeito de trabalhar que todo mundo JÁ sabe que não faz o menor sentido.
É urgente uma mudança na forma como enxergamos e realizamos o trabalho.
É só por meio da conscientização e da educação que a gente vai ser capaz de mudar alguma coisa.
Com amor,
Carol Milters 💛