Até uns sete meses atrás, eu convivia diariamente com uns medos imensos que me paralisavam.
Eu já estava melhorando da #síndromedeburnout e da depressão que veio com ela, e a ansiedade relativamente sob controle.
Mas algo muito profundo ainda me impedia de me relacionar com o mundo “normalmente”. Meu psiquiatra autorizou que eu iniciasse, aqui na Holanda, um tratamento chamado #EMDR com uma psicóloga especializada em trauma.
Durante o tratamento, eu aprendi muita coisa que passei a acreditar sobre mim em função dos meus traumas emocionais: eu criei uma história interna de que não conseguia me virar sozinha, me culpei por como as minhas decisões afetaram outras pessoas e introjetei um senso de que não sabia me defender.
Com o EMDR – e as sessões de terapia onde eu conversei sobre ele com a minha psicóloga e expandi a minha compreensão – pude acessar e sentir emoções que estavam represadas na minha mente e no meu corpo por anos, décadas.
Quando tive “alta” do tratamento, a única coisa que perguntei pra psicóloga que me atendeu foi: “por que vocês não atendem mais gente?”. Eu fiquei sabendo desse tipo de tratamento por acaso.
O meu psiquiatra não me prescreveu, eu que pedi.
O EMDR foi imprescindível pra que eu conseguisse retomar a minha relação com o trabalho, pra que eu consiguisse começar me enxergar como merecedora de coisas boas e pra que eu conseguisse me arriscar a dar umas pedaladas pela cidade.
Não se engane: todas essas coisas ainda me dão um medo danado, mas elas já não me paralisam mais – e essa é a grande diferença.
Muita gente ainda relaciona trauma somente a experiência de quase-morte – o que também é. Mas qualquer situação de abuso, na escola, em casa, no trabalho, pode te marcar psicologicamente.
Nesta semana, entrevistei a psicóloga Isabela Mitterer (CRP 12/10872) ao vivo no meu Instagram. A Isabela é Mestra em Educação, Especialista em Psicologia Organizacional e do Trabalho e Terapeuta EMDR.
Ela vai explicou como esse tratamento funciona, pra quem ele é indicado, que resultados esperar e o que ele demanda do paciente. 🗓 O vídeo está no meu IGTV, no @carolmilters
Com amor,
Carol💛