A gente precisa confiar, por impossível que pareça, que os bons são maioria.
A gente precisa acreditar que situações difíceis permitem que brote o melhor de nós.
A gente precisa parar de tentar adivinhar a capacidade de alguém pela roupa que veste, pela dicção, pela linguagem corporal, ou pelo ambiente de onde ela veio.
A gente precisa ser capaz de enxergar o que há de melhor na gente. Em quem tá do nosso lado. Em quem passa por nós na rua.
A gente precisa acreditar um no outro.
Se permitir dar um voto de confiança.
Dar o primeiro passo.
Oferecer a mão, sem esperar nada em troca.
Compreender, sem precisar saber, que cada pessoinha tem uma história.
Uma memória que ela guarda com todo o carinho e morre de medo de esquecer.
Uma ferida que ainda não cicatrizou.
Um sonho que ainda não realizou.
A gente precisa acreditar um no outro.
Porque quando esgotam-se as utopias, quando acabam-se as esperanças, quando sobram só cinzas, é por onde a gente sempre, desde sempre, aprendeu a recomeçar.
Carol Miltersteiner