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A reinvenção do poder: autoconfiança, síndrome do impostor e saúde mental

É fundamental para a nossa saúde mental cultivarmos a presença e o nosso poder pessoal.

Neste artigo

13 minutos de leitura

Imagine o seguinte: você está prestes a entrar em uma reunião importante. Pode ser uma entrevista de emprego, uma palestra, uma apresentação de um projeto com o qual você se importa profundamente ou uma conversa familiar difícil. 

Você sente um nervoso pelo corpo todo. A voz falha, a mão treme… você se preparou pra este momento, mas uma parte sua não acredita que você vá dar conta. Você entra, tensão aumentando, e ao começar a falar, te dá um branco

Vai ficando impossível de articular as palavras e as ideias. Você esquece coisas importantes que tinha pra dizer. Sente reprovação vindo de todos os lados, e de dentro de você.

Você se encolhe, quer sumir. E ao final do encontro, fica pensando… o que será que deu errado? Por que eu não consegui defender meu ponto de vista, meus princípios, meus sonhos?

Você já passou por uma situação assim?
Eu já – e grande parte das pessoas também.

Agora: e se eu te dissesse que é possível prevenir que isso aconteça?

Melhor ainda: que você tem, aí dentro de você, todas as ferramentas pra pisar confiante no mundo, fazer valer a sua palavra e apresentar o seu melhor em qualquer situação?

Essa é a premissa do livro “O poder da presença”, escrito pela psicóloga e professora na Harvard Business School, Amy Cuddy.

O livro e as pesquisas da Amy inspiraram o tema do nosso percurso deste mês: A reinvenção do poder.

Publicado em 2015, “O poder da presença” traz uma série de evidências científicas e empíricas do impacto que a autoconfiança tem na nossa saúde mental e até mesmo nos resultados das nossas ações (em liderança, ganhos financeiros, entre outros).

Citando um estudo conduzido por Lakshmi Balachandra em Harvard, Cuddy aponta:

“Os indicadores mais fortes de quem obtinha o dinheiro não eram as credenciais da pessoa ou o teor da apresentação. Eram, na verdade, os seguintes traços: confiança, nível de bem-estar e entusiasmo apaixonado. Os bem-sucedidos não gastavam seus preciosos momentos sob os holofotes preocupando-se com seu desempenho ou com o que os outros pensavam deles. (…) Em outras palavras, estavam plenamente presentes e sua presença era palpável.”

O Poder da Presença. Amy Cuddy, 2015.

O que é, afinal,
essa tal presença

Na definição da própria Amy Cuddy, presença é

“o estado de estar em sintonia com e capaz de expressar nossos verdadeiros pensamentos, sentimentos, valores e potencial“.

Não é sobre fingir ser quem você não é, não é sobre emular competências que você não tem – é sobre deixar emergir, com segurança e tranquilidade, o melhor que você tem a oferecer.

Para conquistar e manter um estado de presença, é fundamental que você desenvolva a confiança na sua própria história, nas suas emoções, princípios, valores e habilidades que só você tem.

E é fundamental que você reveja seus conceitos sobre o poder.

Poder,
revisitado

Não sei você, mas eu passei um bom tempo de vida com um pezinho atrás quando o assunto é poder. Frases como “o poder corrompe” e generalização sobre “os poderosos” podem ser verdadeiras armadilhas para a nossa autoconfiança.

Existe, sim, um tipo de poder social, tantas vezes autoritário, opressor, fundado no medo.

Mas esse não é o único tipo de poder à nossa disposição.

O poder social, a autora nos lembra, tem a ver com a ideia de dominação – é o famoso “poder sobre (o outro)”. Um indivíduo com poder social detém algum recurso que os demais não possuem: dinheiro, comida, ferramentas, status, atenção, entre outros.  

No livro, Amy traz à luz o poder pessoal, interno, individual. Esse poder tem a ver justamente com a liberação da dominação exercida por quem detém o poder social. Tem a ver com a exploração dos recursos internos, abundantes: conhecimento, carisma, habilidades, resiliência, criatividade. 

O poder pessoal faz emergir nossas qualidades e faz uso dos nossos talentos. Na dicotomia com o poder social, o poder pessoal é “poder para (algo)”

Percebe a imensa diferença?

“A impotência é tão passível de nos corromper quanto o poder.”

amy cuddy

Essa frase me impactou profundamente quando li. Durante boa parte da minha vida, eu carreguei uma crença de que o poder corrompe. De que ter uma quantidade incalculável de dinheiro e poder era praticamente um adeus a ética e princípios. 

Exemplos que corroboram essa hipótese, é claro, não faltam: de bilionários usando condições desumanas de trabalho a usarem sua visibilidade para espalhar inverdades,a monopólios tecnológicos causando danos à nossa saúde mental e corroendo o funcionamento das sociedades ao redor do mundo

Por outro lado, a célebre frase de Sófocles, “o poder revela o homem”, talvez seja mais adequada. Quem detém poder (pessoal ou social) não é necessariamente corrompido por ele: sua ética, seus valores e princípios tornam-se exacerbados e seu impacto amplificado. 

Um microfone não amplifica nenhum som que não esteja lá.

Na verdade, o que se verifica é justamente o contrário: a sensação de poder pessoal nos traz um conforto em sermos autênticos e verdadeiros com quem somos e o que sentimos. 

A impotência, por outro lado, nos coloca em uma posição de desconforto, de forçar a barra, tentar agradar e fazer de conta que algo importantíssimo pra nós nem tem tanto valor assim.

“O que eu tô fazendo aqui?”:
a síndrome do impostor

A síndrome do impostor, síndrome da impostora, ou impostorismo, é um fenômeno já estudado há décadas – e que vem ganhando cada vez mais notoriedade, especialmente entre mulheres.

Se você se sente uma fraude, se uma voz na sua cabeça te diz que você não deveria estar ganhando o quanto ganha, ocupando o cargo que ocupa, recebendo o reconhecimento que recebe, respire fundo. 

Saiba que boa parte das pessoas que você mais admira no mundo sentem a mesmíssima coisa – estima-se que pelo menos ⅔ dos estudantes que chegam à Harvard Business School compartilhem dessa experiência. 

De estrelas do cinema como Natalie Portman e Tom Hanks à tenista Serena Williams e ao ex-CEO da Starbucks, Howard Schultz, o impostorismo é muito mais comum do que se imagina. 

A experiência de sentir-se uma fraude não escolhe gênero, mas já se sabe que mulheres e populações marginalizadas tendem a ter mais dificuldade de perceberem-se merecedoras de sucesso, prestígio e liderança. Isso acontece porque quando ocupamos um lugar que socialmente não foi “feito pra nós”, um mecanismo de defesa e inadequação se instala.

Mas sentir-se uma impostora não é o fim do mundo – e sequer pode ser denominada uma síndrome, visto que não está relacionada a um adoecimento. Como a própria Cuddy aponta, seria mais adequado chamarmos de “experiência do impostor”, ou impostorismo, já que tantos de nós passamos por isso.

Não se engane: esse sentimento de inadequação não vai embora sozinho, e nem fica mais brando conforme você vai galgando mais e mais degraus:

Eis a ironia cruel: nossas conquistas não resolvem nossos medos de impostor. Na verdade, o sucesso pode piorar o impostorismo. 

Ser reconhecido mundialmente nos coloca em contato com mais pessoas, e elas exigirão de nós em um nível que não temos como satisfazer, escancarando nossas fraquezas e incompetências. Conquistas nos proporcionam novas situações e oportunidades, e isso só exacerba a síndrome da impostora, já que cada nova situação é mais uma provação.

O Poder da Presença. Amy Cuddy, 2015.

Primeiro, entenda que tudo bem você sentir-se uma fraude. Isso é resultado de uma parte sua querendo de proteger do sofrimento, e fruto de uma consciência coletiva de que não existe espaço ou prosperidade pra todo mundo – consciência, essa, que te faz questionar o porquê de logo você ter oportunidade.

Por incrível que pareça, uma pequena dose de impostorismo pode ser até salutar: é importante não termos certeza demais das coisas. É importante não nos acharmos donas e donos da verdade, melhores do que ninguém. O sintoma de impostor(a) pode nos impulsionar a estudar mais, a trabalhar melhor.

É claro, isso não pode nos paralisar. Lembre que esse sentimento não te define, e que você está ocupando o espaço que merece.

Presença e impostorismo são lados opostos da mesma moeda 
– e nós somos a moeda.

O Poder da Presença. Amy Cuddy, 2015.

Portanto, o melhor antídoto para a síndrome da impostora é a presença, pura e simples. 

É aceitar que uma parte sua queira te proteger da dor, da decepção e do julgamento alheio.
É confiar que você pode até não saber tudo, mas vai dar o melhor que tem no aqui e agora. 

E seguir adiante mesmo assim.

A chave da presença
está no corpo

No decorrer da evolução da nossa espécie, nosso sistema nervoso criou um sistema de feedback entre nossas emoções e nossos estados corporais. Nossa postura e expressão facial tem um impacto muito maior do que a gente imagina no nosso humor, e também em como enxergamos a nós mesmos e a quem nos cerca.

Quando ainda não tínhamos o domínio da linguagem verbal, nossa comunicação se dava por gestos e expressões – fenômeno observável em outros animais na natureza. 

Ainda hoje, estima-se que de 70 a 93% da nossa comunicação interpessoal seja não-verbal.

Intuitivamente, todos nós sabemos que uma postura expansiva indica poder. Quer ver?

Qual desses desenhos você acha que representa uma pessoa autoconfiante?

Posturas - Fonte: O poder da presença, Amy Cuddy
Posturas de submissão e de poder.
Fonte: O poder da Presença, Amy Cuddy, 2015.

Atletas entendem bem disso: na ginástica olímpica, ao final de um salto ou uma manobra complicada, as ginastas são orientadas a fazerem uma pose triunfante, com os braços elevados. 

Observe que é a mesma pose que qualquer atleta faz ao ganhar uma medalha de ouro, ao chegar em primeiro, ao fazer um gol – e uma pose que a torcida também faz ao ganhar um título.

Daiane dos Santos - apresentação e pódio. Fonte: G1.com.br
A ginasta brasileira Daiane dos Santos durante a apresentação (1) e no pódio (2).
Fonte: Globoesporte.globo.com.br

É tão natural pra nós, e tão universal, que sequer questionamos. 

Mas existe uma razão:

[Em seu estudo,] Tracy e seus colaboradores sugerem que [essas poses] podem ter evoluído para produzir mudanças fisiológicas, como aumento da testosterona, o que nos permitiria continuar a dominar a situação e proteger uma vitória. Também podem ter evoluído como uma função social, já que o gesto passou a ser reconhecido como um sinal de vitória, comunicando assim uma posição elevada ou poder. 

De fato, as pessoas automaticamente interpretam exibições de orgulho como sinais de status. Em determinado estudo, os participantes que olharam fotos de pessoas em posturas expansivas e poderosas tendem a aceitar mais a resposta sugerida por aquela pessoa a uma pergunta trivial, tomando o orgulho como sinal de competência.

O Poder da Presença. Amy Cuddy, 2015.

Esse processamento inconsciente e coletivo é importante demais para ser desconsiderado. Também já se sabe que existe o processo inverso e eficaz: se a vitória nos leva a projetar tal postura, mimetizar a mesma pose nos dá uma sensação quase que equivalente

E é por isso que fenômenos como a Haka, uma dança cerimonial nativa Maori replicada pelos times de rugby na Nova Zelândia antes de uma partida, são frequentes e impactantes. 

Ao executar a coreografia, repleta de posturas que simbolizam poder e força, o time demonstra a sua competência não só para o adversário, mas para si mesmo.

All Blacks, da Nova Zelândia, executando sua Haka
Fonte: SportVillage

William James, considerado o pai da psicologia norte-americana, já falava do impacto do que fazemos com o corpo com nossos estados psíquicos. Para ele, nossas emoções são tanto resultado quanto causa de nossas expressões físicas:

“Eu não canto porque estou feliz; estou feliz porque canto.”

William james, pai da psicologia norte-americana

Nossa mente cria histórias o tempo todo pra assimilar a realidade. Quando nos colocamos em posturas, expressões e situações de alegria, confiança e expansão, nosso equipamento mental acredita que existam motivos pra isso. Ele cria uma história e começa a buscar evidências, direcionando sua atenção para o que possa corroborar com seu humor.

O inverso também é verdadeiro: quando estamos contraídos, ou com uma expressão “negativa”, mesmo sem causa aparente, somos programados a criar uma narrativa interna em torno disso – o que acaba reforçando a tristeza, a ansiedade e a falta de confiança.

Uma pesquisa publicada nos anos 70 pelo psicólogo James Laird foi pioneira em comprovar isso: os participantes do estudo foram conduzidos, sem saber, a manifestar expressões faciais de raiva por alguns minutos. E sem que pudessem controlar, suas emoções mudaram. Um participante comentou:

“Quando minha mandíbula estava trincada e minhas sobrancelhas abaixadas, tentei não ficar zangado, mas aquilo combinou com minha postura. Não estou num estado zangado, mas vi meus pensamentos vagando por coisas que me deixavam zangado”.

O Poder da Presença. Amy Cuddy, 2015.

E aqui está um dos principais achados da pesquisa da Amy Cuddy: ao mantermos uma postura de “poder” durante alguns minutos, o nosso corpo e a nossa mente são afetados positivamente. Os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, diminuem, e os de testosterona (associados ao sistema de ativação e sensação de poder) aumentam.

No seu mega famoso TED Talk, Cuddy deixa esse conselho: “antes de uma reunião importante ou uma entrevista, experimente uma das posturas abaixo por 2-3 minutos”:

Em agosto deste ano, durante uma live no Instagram, eu mesma testei os efeitos das posturas no nosso nível de energia e vitalidade. Era uma segunda-feira, 8h da manhã. Expliquei os princípios por trás das posturas e propus que quem estivesse assistindo testasse. No início da transmissão, pedi que me escrevessem o nível de energia com o qual chegavam, de 1 a 10 – as respostas variaram entre 2, 4, 5, raramente um 7 ou 8. 

Ao final do exercício, fiz a mesma pergunta, e todos os participantes da transmissão comentaram que sua energia estava em nível 10. Veja com seus próprios olhos:

Reações de quem estava presente na live onde exercitei as posturas.

Resumindo: por incrível que pareça, uma linguagem corporal contraída pode promover ansiedade e tristeza; uma linguagem corporal expansiva pode promover alegria e confiança.

Muito além da
“pose da Mulher Maravilha”

É possível que você tenha chegado a este ponto do artigo se perguntando: “se eu começar a andar pela casa com os braços pra cima ou fazendo a famosa pose da Mulher Maravilha, meus problemas acabam?”.

Obviamente, não é bem assim.

A Amy Cuddy ganhou notoriedade mundial com esse livro e com a sua palestra sobre as posturas de poder. O conceito ficou tão conhecido que até apareceu na série Grey’s Anatomy e virou marca registrada de uma das personagens.

“Há um estudo científico que diz que, se você ficar assim, em posição de super-heróis, por apenas cinco minutos antes de uma entrevista de emprego ou uma apresentação ou uma tarefa difícil, você não somente se sentirá mais confiante, como também se sairá muito melhor.”
Amelia Shepherd em Grey’s Anatomy

Nos últimos anos, muitos dos resultados das pesquisas da pesquisadora vem sendo questionados e outros pesquisadores publicaram críticas veementes ao modelo proposto. Como não é novidade em discussões online, a situação escalou em tal nível que Cuddy se afastou das atividades de professora em Harvard e está concluindo um livro sobre bullying.

A questão, me parece, é que tanto a própria Amy como muitos leitores se deixaram levar por uma simplificação de algo que é complexo. O livro “O poder da Presença” tem mais de 250 páginas, uma extensa referência bibliográfica e ainda mais conceitos do que os muitos que eu trouxe aqui. 

Por outro lado, a “pose da Mulher Maravilha” é uma ideia simples – e que se popularizou. A própria autora aparece fazendo a pose em coletivas e entrevistas. A popularização do conceito veio a custo do entendimento da ciência por trás e de outros fatores que acabaram ficando em segundo plano.

É perigoso, apesar de tentador, reduzirmos ideias complexas em um bordão.

E por isso, por mais que a pose em si possa gerar algum nível de efeito positivo, ela não vai resolver todos os teus ou os meus problemas do dia pra noite.

Ao mesmo tempo, lembre-se da célebre frase: “a diferença entre o remédio e o veneno é a dose”. Falar mais alto do que todo mundo, não escutar, praticar o manspreading ou abusar do seu poder pessoal é uma via tão danosa quanto a impotência.

Um dos pontos mais importantes trazidos pela Amy Cuddy no seu livro e estudo é a importância de acreditar e honrar a nossa própria história.

Normalmente, essa é a parte mais difícil de qualquer processo. Passamos tantos anos ouvindo a voz interna de que não somos o suficiente, rejeitando partes essenciais da nossa história e prestando mais atenção nas nossas fraquezas do que nas nossas forças, que esse processo pode levar tempo e prescindir de apoio profissional.

Uma boa terapia, sessões de escrita terapêutica e grupos de apoio podem te ajudar muito nesse processo. 

Se parece impossível acreditar na sua capacidade e acolher a sua história pessoal (liberando-se da vergonha por certas decisões ou circunstâncias), comece fazendo isso por outras pessoas. Preste atenção em um amigo, familiar, colega: o que essa pessoa tem de especial que talvez nem ela mesma perceba? 

Presença
na prática:

Abaixo, alguns exercícios que te ajudam a cultivar a presença pessoal:

Nível 1: Cultivando coerência entre o corpo e as emoções. 

  1. Respire fundo e perceba como está o seu corpo. 
  2. Libere qualquer tensão ou contração. 
  3. Coloque-se em uma postura expansiva, levantando um pouco o queixo, abrindo o peito e mantendo a coluna ereta. 
  4. Se possível, fique em pé, expanda braços e pernas. 
  5. Sorria por alguns segundos.
  6. Observe como essas mudanças afetam seu nível de energia.

Nível 2: Libertando-se do impostorismo (síndrome do impostor).

  1. Lembre-se de um momento em que você se sentiu muito confiante. O que você estava fazendo? Observe como você pode replicar isso no seu dia-a-dia.
  2. Peça pra que outras pessoas escrevam sobre o que elas admiram em você – leia sempre que preciso, lembre das suas habilidades e capacidades.
  3. Quando você se sentir uma fraude, reflita se não é um mecanismo de defesa – se você faz parte de uma população marginalizada, lembre-se que o impostorismo atua em favor da manutenção dos sistemas de poder e opressão que temos no mundo hoje.

Nível 3: Acreditando na sua história pessoal e na sua capacidade

  1. Escolha alguém pra fazer esse exercício: pense na história de vida dessa pessoa e nas qualidades dela. Se quiser, escreva. 
  2. Observe o que te atrai e o que você admira nessa pessoa.
  3. Agora pare e pense que a gente só consegue enxergar o que também, de alguma forma, faz parte de nós.
  4. Perceba que, assim como você vê essa pessoa com esses olhos, alguém também te vê assim.
  5. Pense numa situação difícil:  o que ela diz sobre você? 
  6. Faça o exercício da linha da vida e honre todas as dores e delícias que te trouxeram até aqui.
  7. Escreva aí: quais são as suas forças e talentos? Como você pode aplicar isso mais e mais no seu dia? Esse teste pode te ajudar a descobrir suas forças principais.

Concluindo

  • Autoconfiança não é pecado e o poder não corrompe: ele revela;
  • É fundamental para a nossa saúde mental cultivarmos a presença e o nosso poder pessoal;
  • A síndrome do impostor é real e mais comum do que a gente pensa: precisamos identificá-la e aceitá-la como parte da experiência, sem permitir que ela nos governe;
  • Devemos equilibrar o nosso sistema de ativação (freio) e o nosso sistema de inibição (acelerador);
  • Nosso corpo e mente são equipados para encontrar sentido na nossa linguagem corporal e na de quem nos cerca;
  • Posturas expansivas remetem a poder pessoal e otimismo; posturas contraídas remetem a tristeza, raiva e desânimo;
  • Praticar posturas expansivas no dia-a-dia reduz nosso nível de cortisol (hormônio do estresse) e estimula nosso sistema de ativação, o que é especialmente útil para pessoas com ansiedade e depressão;
  • Não é só sobre fazer a pose da Mulher Maravilha: também é sobre acreditar e honrar a sua história pessoal, suas características pessoais únicas e seus valores.
A reinvenção do poder, por Carol MIltersteiner

Durante o mês, o tema central dos artigos, vídeos e posts será A Reinvenção do Poder.

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Carol Milters

Escritora, Investigadora & Facilitadora
Saúde Mental no Trabalho, Síndrome de Burnout, Workaholismo & Escrita Reflexiva


Autora dos livros, "Minhas Páginas Matinais: Crônicas da Síndrome de Burnout" e Um Passo Por Dia: Meditações para (re)começar, sempre que preciso idealizadora da Semana Mundial de Conscientização da Burnout e do grupo de apoio online Burnoutados Anônimos.

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